Caminhoneiros ameaçam parar o país novamente caso reivindicação da categoria não seja atendida

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O preço mínimo do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo para pôr fim à paralisação da categoria. Além do desconto de R$ 0,46 no preço do diesel, o governo também prometeu aos caminhoneiros criar uma tabela do frete. Só que a medida é considerada nociva pelo Cade. Os caminhoneiros ameaçam, a partir desta quinta-feira (21), parar o país novamente caso a reivindicação não seja atendida.

A reunião entre caminhoneiros e empresários, organizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, terminou sem acordo nesta quarta-feira (20) em Brasília.

Ela tinha sido para tratar da proposta de tabelamento do frete. Diante do impasse, Fux marcou novo encontro para 28 de junho. Segundo o ministro, os grupos ficaram de trazer uma proposta intermediária para tentarem um acordo.

"O Brasil não pode mais passar pelo que passou", disse Fux ao final da reunião desta quarta, se referindo à greve dos caminhoneiros que causou desabastecimento em todo o país.

Ainda de acordo com o ministro se as partes não chegarem a um acordo no dia 28 junho será realizada uma audiência pública com técnicos em 27 de agosto.

Segundo documento enviado pelo órgão ao STF (Superior Tribunal Federal), a tabela cria uma espécie de cartel, tem graves efeitos ao consumidor, prejudica o mercado e representa uma afronta à livre concorrência.

O governo editou duas tabelas de frete. A primeira e vigorou até 7 de junho, quando foi editada a segunda versão da tabela. Esta, no entanto, permaneceu válida por apenas algumas horas, já que, na prática, acabou sendo suspensa pela ANTT no mesmo dia.

Os Donos de transportadoras e caminhoneiros autônomos se queixam de que os valores pagos mal cobrem os custos das viagens. Empresários de outros segmentos, por sua vez, alegam que o estabelecimento de um valor mínimo para o frete aumenta os custos de transporte de cargas.

Os caminhoneiros ameaçam uma nova greve, caso o Governo Federal não definir a proposta em relação à tabela mínima de preços dos fretes rodoviários.

Agora o difícil é saber se uma nova paralisação vai ter o mesmo apoio que teve em maio. Mas como a experiência mostrou, convém não subestimar a categoria.




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