A própria Prefeitura de SP considera improvável volta às aulas em 2020!



A Prefeitura de São Paulo julga que a volta das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas ainda este ano é improvável. A avaliação de auxiliares do prefeito Bruno Covas é de que os dados do inquérito sorológico feito pelo Município entre 6 e 10 de agosto, mostram alta taxa de crianças assintomáticas na cidade, e apontam que seria arriscado de mais a retomada, mesmo que seguindo protocolos sanitários.

O próprio Covas já descartou publicamente a volta das aulas em setembro, mas vai pretende esperar o resultado das próximas três etapas do inquérito, que serão feitas também na rede privada, para tomar uma decisão definitiva.

O vice-governador, Rodrigo Garcia, reiterou na quinta-feira, 20, que as 645 prefeituras de São Paulo poderão decidir se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado para o retorno presencial.

A Secretaria Estadual de Educação já autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo em duas datas diferentes. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia estudantes com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada que será efetiva, mas ainda gradual e restrita, está prevista para 7 de outubro.



A resistência de Bruno Covas em reabrir as escolas causou divergência entre auxiliares do prefeito e do governador João Doria, que criticam a falta de alinhamento entre os dois tucanos.

Covas tem demonstrado uma postura mais cautelosa em relação à reabertura escolar do que Doria. No Palácio dos Bandeirantes, tem maior aceitação à tese que as escolas deveriam reabrir e caberia às famílias definir quem volta ou não. Auxiliares do governador e do prefeito tiveram momentos tensos nos bastidores.

A pesquisa da Universidade Harvard divulgada na quinta-feira, 20, - que sugere carga viral maior entre as crianças e risco maior de transmissão - reforçou na Prefeitura o motivo da resistência a volta às aulas em 2020.

Na discussão sobre reabertura, o prefeito tem resistido às pressões, apesar de ser candidato à reeleição e a situação envolver eventual custo eleitoral. Segundo aliados, o fato de Covas ter sido infectado pelo novo coronavírus e lutar contra um câncer reforçou o conceito de que é necessário priorizar a questão sanitária a qualquer custo.

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