Adotar um pet é uma atitude que envolve muita alegria e gratidão, afinal, será um novo (e feliz) recomeço para aquele animalzinho, agora em um lar com muito amor e segurança.
Porém, além de estar certo de que a adoção será extremamente gratificante, é muito importante que o adotante tenha em mente o quanto a sua rotina será alterada e também os gastos financeiros atrelados à essa adoção. Afinal, uma nova vida passará a fazer parte da sua.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam mais de 30 milhões de animais abandonados no Brasil, entre cães e gatos. Entre estes milhões estava a Mabel, uma cadelinha sem raça definida que foi encontrada junto com os irmãos dentro de uma sacola plástica.
"Eu estava no Facebook e vi a publicação de uma moça que tinha encontrado uma sacola plástica com cinco cachorrinhos recém-nascidos abandonados em um terreno. Infelizmente, ela não tinha condições de cuidar, porque eles demandam cuidados especiais e um leite específico, que é bem caro. Fiquei muito comovida porque eles realmente tinham acabado de nascer. Aquilo era muito triste. Decidi que essa era a hora de adotar e fui lá buscar um dos filhotes, uma cachorrinha que hoje se chama Mabel", conta a jornalista Lara Camargo que em março levou para a casa a pequeníssima Mabel.
A adotante contou que a ideia de adotar um pet já estava nos planos dela e da colega com quem divide apartamento, as duas já haviam pensado, inclusive, nos gastos que essa ação traria com as vacinas, castração e etc. Contudo, ainda assim, a dupla foi pega de surpresa com um gasto extra que não estava nesse planejamento. "Eu já tinha em mente que a adoção traria muitos gastos. Mas, meu primeiro choque foi ao comprar o tal leite específico que substitui o leite materno para pets recém-nascidos. É muito caro!", comenta.
Camargo conta que esse gasto pegou ela e amiga de surpresa, mas que dentro de suas possibilidades financeiras, elas estão dando uma nova vida cheia de saúde e amor para Mabel. "Quando fiquei sabendo da história da Mabel, só pensava que eu conseguiria sim dar a ela muito carinho e uma condição melhor do que ela se encontrava. Acho que isso é o mais importante. Infelizmente, fiquei sabendo que dias depois dois dos irmãozinhos dela morreram e outro está doente. Já a Mabel está muito saudável e se desenvolvendo muito rápido. Sei que meus cuidados, dentro das minhas possibilidades, foram essenciais para ela", reforça a jornalista.
É possível eu me preparar financeiramente para a adoção?
Não só possível como importante! Se você quer adotar, tem uma rotina de horários que permite uma adoção saudável, porém acha que ainda não está preparado financeiramente para isso, calma, a adoção ainda pode acontecer! Para isso, porém, você precisa organizar os seus gastos para que sua situação financeira consiga suprir as despesas que envolvem manter um pet.
- Comece hoje
Mesmo que ainda não tenha ido em busca da adoção, separe uma pequena cota da sua renda mensal, a qual será destinada aos gastos iniciais que você terá com o pet e que dará conta de mantê-lo feliz e saudável, suprindo as necessidades básicas dele. Ter esse dinheiro em caixa te dará ainda mais certeza e tranquilidade no momento da adoção.
- Pesquise
Pesquise em sua cidade o preço das vacinas e quantas doses são necessárias e também o valor da castração. Existem clínicas que possuem parcerias com ONGs e possuem valores diferenciados para ambos procedimentos em casos de adoção, vale a pena procurar!
Analise também se o pet que você deseja adotar necessitará de banhos semanais ou mensais e se esses banhos poderão ser dados em casa ou em lugares especializados. Parece bobo, mas, financeiramente falando, essa é uma questão importantíssima.
Levantar estes gastos te deixará mais consciente do quanto terá que desembolsar mensalmente para manter o animalzinho com suas necessidades principais atendidas.
- Prepare uma reserva emergencial
Outra dica que damos aqui é em relação aos gastos inesperados e a importância de uma reserva de emergência. Assim como nós, os animais também podem apresentar algum problema de saúde e, consecutivamente, precisarão de atendimento médico ou remédios e produtos específicos, como é o caso da Mabel. Por isso, se possível, deixe sempre um dinheiro guardado para isso - uma poupança pet, que tal?
Por fim, vale lembrar que os pets não estão interessados na melhor coleira, na roupinha de marca ou na caminha com a estampa mais bonita. Por isso, finalizamos este texto com esse trecho importante da entrevista com Camargo: "o conselho que eu daria para alguém que está pensando em adotar é avaliar se você consegue oferecer a ele uma boa qualidade de vida. Você não precisa estar na melhor condição financeira do mundo. Conseguindo oferecer o básico com muito amor e carinho, já é o suficiente para eles. Principalmente, para os pets que estão em situação de vulnerabilidade ou foram abandonados", finaliza.
Fonte: https://www.terra.com.br/economia/financas-pessoais
Postar um comentário
0 Comentários