Greve dos caminhoneiros pode voltar hoje. Veja os detalhes

 


O Brasil amanhece nesta segunda-feira na expectativa de haver o estopim de uma nova greve dos caminhoneiros. Desde a última paralisação, em 2018, a categoria mostra pela primeira vez uma oposição ao presidente da República, Jair Bolsoanaro.


A promessa de paralisação para hoje ocorre devido ao aumento no preço do óleo diesel pela Petrobras, que também ocorreu durante o governo Temer. Um dos líderes dos motoristas, Wallace Costa Landim, foi um dos grandes apoiadores de Bolsonaro naquela época, mas agora conclama seus colegas a se voltar contra o presidente.


O que querem os caminhoneiros?


De acordo com a ANTB, o principal motivador da greve é a alta do preço do diesel, que teve aumento de 4,4% nas refinarias no final de dezembro e é o combustível majoritariamente utilizado por caminhoneiros.


Também é reivindicada uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para o transporte rodoviário de carga.
 


Pelas novas regras do reajuste, não entram no cálculo do piso mínimo a margem de lucro do caminhoneiro, custos com pedágios, custos relacionados às movimentações logísticas complementares ao transporte de cargas, despesas de administração, tributos e taxas.


A categoria também cobra pela implementação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), conquista da greve de 2018. 


Para resolver essas questões e evitar a greve prevista, os caminhoneiros querem uma reunião com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro --que recebeu o apoio da categoria na última eleição presidencial.


Nesse contexto em que não há consenso sobre a greve entre os motoristas de caminhão, rumores sobre um áudio do ministério da Infraestrutura circulam entre os profissionais. Segundo essa suposta mensagem, a pasta não estaria disposto a ceder em nenhum ponto as demandas dos profissionais. O ministério, porém, nega a existência de qualquer áudio com esse conteúdo. 


Os ecos de uma possível greve dos caminhoneiros


Durante a greve dos caminhoneiros de 2018, houve um colapso na distribuição de insumos para os supermercados brasileiros, para os postos de combustível e para as empreas de distribuição de gás de cozinha. Agora, com a escassez que já existe devido à pandemia, o cenário pode ser ainda pior.


Para conter a greve, o governo se prepara para reduzir o imposto sobe o Diesel, mas teme que uma redução possa gerar grande impacto nas contas públicas, que já estão no vermelho há 6 anos.



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