Neymar afirma em tribunal na Espanha que assinava os documentos que seu pai pedia

 Jogador é réu em julgamento sobre corrupção empresarial durante sua transferência do Santos para o Barcelona




O jogador brasileiro Neymar afirmou nesta terça-feira durante julgamento, em Barcelona, que apenas assinava os documentos que seu pai apresentava. Ele é réu em ação sobre supostas irregularidades em sua polêmica transferência do Santos ao Barcelona em 2013 (entenda acusações no vídeo mais abaixo).


"Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede", afirmou Neymar ao ser questionado pela Promotoria, que o acusa de corrupção e pede dois anos de prisão para o jogador, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros (R$ 51 milhões).


Neymar havia comparecido nesta segunda ao tribunal - onde permaneceu por duas horas ao lado do pai e da mãe, também processados -, mas tinha deixado a Corte sem depor. Ele voltou nesta terça para prestar depoimento.


O julgamento, que começou em 17 de outubro e seguirá até o dia 31, marca a etapa final de um grande imbróglio que o brasileiro enfrentou na Justiça espanhola e que causou a demissão do então presidente do Barcelona, Sandro Rossel, além do desgaste do jogador na Espanha.


A ação foi apresentada há sete anos pelo grupo DIS, fundo que possuía parte dos direitos econômicos do atleta quando ele era atacante do Santos. A DIS alega que recebeu menos do que o que deveria pela transferência, já que, segundo o grupo, o valor total do passe foi diluído em contratos fictícios.


Por isso, Neymar, que a partir de 20 de novembro vai liderar a seleção na Copa do Catar, é acusado do crime de corrupção empresarial pelo Ministério Público da Espanha.



Os advogados de Neymar alegam que o valor dos contratos extras que a DIS questiona, de cerca de 40 milhões de euros (cerca de R$ 207 milhões), correspondem a um "bônus de contratação legal e habitual no mercado do futebo". A defesa questiona ainda se a Espanha tem competência legal para o caso.


Ao lado do jogador do PSG também são processados seus pais, os ex-presidentes do FC Barcelona Sandro Rosell - para quem o MP solicita cinco anos de prisão por corrupção e fraude - e Josep Maria Bartomeu, assim como o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho.


Os outros acusados são três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e a empresa fundada pelos pais de Neymar para administrar sua carreira.


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